O professor Paulo Jubilut fez um vídeo com base num discurso que acusava o ChatGPT de ser machista. No vídeo induz totalmente o espectador ao erro e possui conteúdo de cunho totalmente desinformativo à respeito do ChatGPT e até onde deveriam ir as responsabilidades de uma inteligência artificial.
❝Teve uma mulher que foi no ChatGPT e ela foi lá e botou as coisas que ela gostava de fazer, disse que era mulher e pediu para o ChatGPT dizer para ela profissões que ela poderia seguir.
O ChatGPT botou várias profissões, e botou o que? Moda! Mulher? Moda, uma boa profissão pra você.
Ai ela escreveu assim pro chat “Aí… eu me enganei. Eu não sou mulher, eu sou homem, pode fazer uma outra lista?”
Sabe o que o ChatGPT fez? Ele trocou moda por engenharia.❞
Esse tipo de caso (como a problematização nesse vídeo do Jubilut) acontece desde sempre e sempre vai acontecer, é um clássico quando se chega tecnologia nova, apontar uma chuva de problemas.
E de certa forma, tudo bem apontar problemas desde que sejam plausíveis e você os compreenda e se possível que você ainda abra com sugestões, até porque problema também é prejuízo monetário ainda mais sendo algo que mancharia a imagem do contribuinte (no caso das empresas responsáveis pelo ChatGPT). Sendo um hipotético problema notório, nesse caso alegado machismo, por não ter sido resolvido é preciso pelo menos tentar entender onde está o problema antes de falar.
Primeiro que o ChatGPT acima de tudo não é humano, é uma inteligência artificial, um robô que como todo software recebe uma entrada de dados e devolve uma saída de dados com base nos dados que você requisitou.
A mulher colocou o gênero, partiu dela colocar o gênero, e como é demonstrado nas falas ela não colocou à toa já que ela queria ver como o bot iria reagir se ela trocasse de gênero, ou seja era uma exigência dela cobrir parâmetros de gênero e ela coagiu o bot a responder de acordo com triagem por gênero. O bot não chega perguntando o gênero da pessoa.
E como ela queria o bot assim fez, ele devolveu resultados de pesquisas com base em gênero, bem como a pessoa mencionada no vídeo pediu. Fora que é mencionado que ele colocou várias profissões, mas… como assim várias profissões? Porque no vídeo é mencionado só “moda” e “engenharia”? Foi a resposta como um todo que causou incômodo ou só a “moda” e “engenharia” como resultados divergentes?
Além de tudo isso, o ChatGPT também conta com um sistema de feedback negativo e denúncia que inclusive você pode fazer a sua justificativa por trás dele. Além de ser uma história falada onde não tem nenhum conteúdo pra ser apurado, também não houve nenhuma demonstração de tentativa de denúncia ou feedback, apenas de discurso.
Ele não tem plena consciência de quem você é ou o que te deixaria mal, no final das contas é um robô e ele não te conhece, ele não sabe quem é você, ele possui diretrizes pra não fazer com que você se sinta mal, mas no final das contas ele não tem como saber que você vai ficar indignado com ele dando uma simples resposta com base em pesquisas para fatos que são reais e que te incomodam.
Tudo bem que no cenário ideal inclinações por gênero à profissões seriam menores, mas além disso há preferências, muitas inclinações de gêneros nas profissões não vem apenas de injustiças mas como também de preferências. É certo ficar frustrado com a realidade e ao obter a resposta para um problema real descontar suas frustrações no robô?
Enfim, o que você acha sobre isso? Você acha que esse contexto específico cabe o machismo? Ou você sente que não cabe e que falta contexto suficiente para sustentar a tese do machismo nesse contexto? Comenta ai em baixo!
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